A retrospectiva acontece entre 13 e 19 de agosto, com pré-estreia de O Último Azul e bate-papo com o diretor no dia 19.
Após ter o filme ganhador de um Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, o diretor ganha uma retrospectiva com todos os seus longas e curtas. A ideia do cinema é fomentar a cinefilia do cinema nacional com uma mostra com preços acessíveis (R$20 a inteira e R$10 a meia) de um diretor aclamado nacional e internacionalmente.
A mostra aborda toda a carreira do diretor, desde seu documentário KFZ-1348 (2009), passando pelo aclamado Boi Neon (2015) e chegando até o seu último longa-metragem. Esta é uma ótima oportunidade para se atualizar com a carreira do cineasta em ascensão, fechando com a chave de ouro com o bate-papo presencial com ele.
Serviço Completo
Retrospectiva GABRIEL MASCARO
Espaço Petrobras de Cinema
De 13 a 19 de agosto, às 19h30
Ingressos: reprises: R$20 (inteira) e R$10 (meia); pré: R$32 (inteira) e R$16 (meia).
Programação
13/08 QUA 19h30 Av Brasília Formosa
O cinegrafista e garçom Fábio mora no Recife, onde registra com uma câmera os eventos que se passam no bairro de Brasília Teimosa. Um dia, ele é contratado pela manicure Débora para fazer um videobook de candidatura para o Big Brother Brasil. O filme costura as diferentes aspirações profissionais destas duas pessoas, usando a avenida como pano de fundo.
14/08 QUI 19h30 Ventos de Agosto
Shirley deixou a cidade grande para viver em uma pequena e pacata vila litorânea cuidando de sua avó. Ela trabalha numa plantação de coco dirigindo trator. Mesmo isolada, cultiva o gosto pelo punk rock e o sonho de ser tatuadora. Ela está de caso com Jeison, um rapaz que também trabalha na fazenda de cocos e nas horas vagas faz pesca subaquática de lagosta e polvo. Um estranho pesquisador chega na Vila para registra o som dos ventos alísios que emanam da Zona de Convergência Intertropical. O mês de agosto marca a chegada das tempestades e das altas marés. Os ventos crescentes marcarão os próximos dias da pequena vila colocando Shirley e Jeison numa jornada sobre perda e memória, a vida e a morte, o vento e o mar.
15/08 SEX 19h30 Doméstica + seleção de curtas
Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho.
16/08 SAB 19h30 Divino Amor
Brasil, 2027. Uma devota religiosa usa seu ofício num cartório para tentar dificultar os divórcios. Enquanto espera por um sinal divino em reconhecimento aos seus esforços é confrontada com uma crise no seu casamento que termina por deixá-la ainda mais perto de Deus.
17/08 DOM 19h30 Boi Neon
Nos bastidores das Vaquejadas, Iremar e um grupo de vaqueiros preparam os bois antes de solta-los na arena. Levando a vida na estrada, o caminhão que transporta os bois para o evento é também a casa improvisada de Iremar e seus colegas de trabalho: Zé, Negão, Galega e sua filha Cacá. O cotidiano é intenso e visceral, mas algo inspira novas ambições em Iremar: a recente industrialização e o polo de confecção de roupas na região do semiárido nordestino. Deitado em sua rede na traseira do caminhão, sua cabeça divaga em sonhos de lantejoulas, tecidos requintados e croquis. O vaqueiro esboça novos desejos.
18/08 SEG 19h30 Um Lugar Ao Sol
O documentário aborda o universo dos moradores de coberturas de prédio das cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor obteve acesso aos moradores das coberturas através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos de cobertura. Destes 125, apenas 09 cederam entrevistas. Através dos depoimentos dos moradores de cobertura, o filme traz um rico debate sobre desejo, visibilidade, insegurança, status e poder, e constrói um discurso sensorial sobre o paradigma arquitetônico e social brasileiro.
19/08 TER 20h Pré-estreia exclusiva de O Último Azul, seguida de bate-papo com o diretor.
Para maximizar a produtividade econômica, o governo ordena que os idosos se mudem para colônias habitacionais distantes. Tereza, 77, se recusa – em vez disso, embarca em uma jornada pela Amazônia que mudará seu destino para sempre.